RENOVAÇÃO SOCIAL x INVERSÃO DE VALORES

Vivemos numa época de inversão de valores, é o que muitos constatam atônitos atualmente. Constatação que geralmente parece vir acompanhada num misto de queixa com indignação por tais mudanças. Parece haver uma compreensão que tais mudanças representariam um absurdo, uma verdadeira perversão dos valores morais, um desrespeito às tradições e instituições, sinalizando a perdição de nossas gerações e das esperanças na dignidade do ser humano. Ocorre que muitas pessoas, independente da crença ou dos valores que pratiquem constatam isso. E valores errados por certos, velhos por novos, quem deterá de fato a razão? Parece ser consenso que vivemos em época de transição. O que não parece claro para muitos é que não é o fato de percebermos tais mudanças e nem de nos indignarmos com algumas ou várias delas que isso nos faz melhores do que ninguém. É curioso observar que, muitas vezes, a reação mais forte e evidente na defesa de determinados valores humanos, da sociedade ou de nossa cultura partam dos setores e segmentos mais conservadores. Por outro lado, não podemos deixar de reconhecer que, em meio à tantas possibilidades num mundo dinâmico e multifacetado como o que vivemos atualmente, é necessário, em favor dos valores mais puros e mais nobres, filtrar, selecionar, amadurecer, construir, aprovar e adotar aquelas práticas que sejam condizentes com o conceito de um “mundo melhor” e feliz que, acredita-se, a grande maioria defende e acredita. Diante disso é que acredito que é preciso basicamente um grande movimento ou esforço de compreensão quando se trata de discutir a questão da suposta inversão de valores na nossa sociedade: Quais valores são relativos, superficiais, datados e genuinamente caracterizados pelos interesses humanos provisórios e quais valores são profundos, verdadeiros, perenes, eternos e válidos para qualquer contexto e época? É assim que vemos se travar e intensificar a cada dia uma luta de ideias. Desde Jihadistas sendo defendidos pelo Ministério da Justiça no Brasil no seu direito ao respeito causando uma óbvia comoção dos guardiões da segurança nacional (não falo aqui de militares, falo aqui dos supostos guardiões da moral e dos bons costumes), chegando ao esgoto dos escândalos sucessivos de corrupção institucionalizada. É a lei da palmada provocando polêmica e discussões em torno da educação, necessidades e limites dos pais, no qual muitas vezes de fato, se invertem os valores, a escola passa a assumir papel regulador e fiscalizador, com até abuso de pressão e autoridade. Mas há também os casos reais que pedem a intervenção do Estado. O que não podemos, apesar de óbvio, é preciso dizer que há casos e casos. Vê-se a sociedade civil muitas vezes mobilizada em punir e clamando por justiça, sociedade esta que, em grande parte forma indivíduos desprovidos de maior senso crítico, que acabam por tornar-se massa de manobra de ideologias e líderes duvidosos para atender interesses exclusivos e de minorias. São grupos e segmentos que buscando alimentar-se da esperança de salvação de novos tempos de igualdade e justiça social personificam ideologias e bandeiras em alguns líderes sem considerarem os fortes indícios de corrupção e mesmo violência, a ponto de comprometer a noção de pátria. São tempos em que se acredita os valores estejam se invertendo e nos esquecemos de que há muito, certas coisas precisam ser mudadas. Ou será que é preciso discursar em favor da redução da fome, da pobreza, da miséria, da igualdade social, da inclusão a fim de corrigir erros secularmente enraizados na história humana? São tempos em que um Escritório de Contabilidade e, infelizmente vários (felizmente não todos) agem ainda assim, acreditem, defendendo a sonegação por comodidade como a via mais fácil e a prática recorrente do mercado. Defendem o erro, a omissão ao ato da correção, da regularização para simplesmente não ter o re-trabalho de reabrir a contabilidade e corrigir um erro. E o pior de tudo, chega a tal ponto essa inversão em que se faz ou se quer fazer acreditar que é mais correto “deixar como está e quanto menos mexer melhor” do que fazer o que é certo, ainda que isto seja mais trabalhoso e oneroso. Não, não é mais correto, é mais cômodo! E para quem? Dizem que não há corrupto sem corruptor. Vale lembrar que a inserção da opção do CPF na Nota no Estado do Paraná é, inacreditavelmente, visto como uma forma do Governo monitorar o consumidor e depois puni-lo com tributos e um possível rastreamento de suas compras. Ora, a Nota no CPF é uma realidade existente há pelo menos uns 7 anos no Estado de São Paulo e que, até onde tenho notícias, só beneficiou os consumidores que, não fazendo nada de ilegal e portanto não tendo o que temer, simplesmente permitiram incluir seus CPF’s no cupom fiscal para, depois, serem, como de fato o foram, beneficiados com abatimento no pagamento de tributos estaduais. É provável que muitos desses que dizem que não colocam o CPF na Nota sejam os mesmos que acreditam que vivamos uma inversão de valores, mas que também não se importariam em pagar uma cervejinha ao policial ou ao fiscal para livrar-se de uma multa. Não informar o CPF na Nota é um direito, mas evidencia em essência a intenção de ocultar ou não ver-se embaraçado com o Fisco. Alguns desses foram além e, não satisfeitos foram buscar o CPF da Dilma na Internet e, arriscando-se no crime de falsidade ideológica, lançam o CPF da Dilma na nota como uma forma de vingança para uma lei que foi implementada pelo Governador Beto Richa e que tem portanto pouca relação direta com a presidente. O consumidor e o cidadão de bem, ainda que reconheça que há valores se perdendo, infelizmente, é preciso que se diga, também tem participado e contribui para o caos e a crise ética que enfrentamos. São tablóides jornalísticos que não só distorcem, generalizam e selecionam o que publicam mas que vão além, falseando, induzindo ao erro com proposital intenção de enganar, ocultar, confundir o público e formar opinião, como foi o caso do episódio recente em que um anônimo lançou um punhado de notas falsas de dólares contendo a foto do deputado e presidente da Câmara dos Deputados, o Sr. Eduardo Cunha. Certo tablóide não só noticiou como exagerou, “carregando fortemente nas tintas” ao descrever o episódio como um ataque muito violento e o autor de tal façanha como um perigoso agressor. Veja e Isto É são revistas reconhecidamente capitalistas e tendenciosas. Mas Carta Capital e outras revistas mais modernas que adotam uma linha centro-esquerda e um discurso socialista ou qualquer ideologia de oposição podem, de fato, também ser consideradas imparciais? Me parece que não e Carta Capital só surge para preencher um vácuo num natural jogo de forças. São tempos em que este mesmo Presidente da Câmara mostra-se habilmente dissimulado, aparentemente seguro e constantemente inabalável a ponto de mentir descaradamente querendo justificar que não mentiu perante à CPI. Mente que não mente. Mostra-se capaz de argumentar, falsear a modo de parecer lógico, alegando que não é proprietário do dinheiro encontrado nas contas de Bancos na Suíça, apenas beneficiário, ainda que os documentos das instituições suíças evidenciem, textualmente, o contrário, conforme apresentado em entrevistas e noticiários. É fato cristalino e inegável que Cunha não declarou, como deveria, o tal dinheiro, que, aliás, não é pouco. Como dito no Jornal Hoje da Rede Globo, é uma tentativa engenhosa de se “safar”. Tal comportamento não é novo nem exclusivo de Eduardo Cunha. Recordo-me de que o atual Presidente do Senado Renan Calheiros, anos atrás, ao sofrer acusações mantinha perante as câmeras e microfones, postura aparente inabalavelmente poluta e tudo indicava de que deveria ou poderia ser cassado, forçando-o à uma renúncia que não ocorreu. O Congresso Nacional que tomou posse em 2015 é pulverizado partidariamente, liberal economicamente, conservador socialmente, atrasado do ponto de vista dos direitos humanos e temerário em questões ambientais. A conclusão está na sexta edição do estudo Radiografia do Novo Congresso, publicação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Segundo o estudo, apesar de ter havido uma renovação de 46,78% da Câmara dos Deputados e de 81,48% em relação às vagas em disputa no Senado, o que ocorreu foi uma circulação ou mudança de postos no poder, com a chegada ao Congresso de agentes públicos que já exerceram cargos em outras esferas, seja no Poder Executivo, como ex-governadores, ex-prefeitos, ex-secretários, seja no Legislativo, como ex-deputados estaduais, ex-senadores e ex-vereadores. Além disso, os parlamentares que nunca exerceram mandato ou cargo público limitam-se majoritariamente aos milionários ou endinheirados, aos religiosos, especialmente evangélicos, aos policiais e apresentadores de programas do chamado “mundo cão”, às celebridades e aos parentes, que contam com maior visibilidade na mídia, de acordo com o levantamento. É assim que temos ambientalistas perdendo espaço para ruralistas do agronegócio. Sindicalistas e representantes dos trabalhadores perdendo espaço para a classe patronal. Homens em sua maioria em detrimento de uma minoria de representantes do sexo feminino. Direitos humanos no embate com política de segurança com “pena de morte” (Jair Bolsonaro) e tratamento à bala para bandidos. Religiosos conversadores (Silas Malafaia, Marco Feliciano) versus a busca dos liberais por diversidade e inclusão de minorias (Jean Wyllys) , em todos os sentidos. Incluam-se ainda os midiáticos (Tiriricas, BBBs, Romários). Vale lembrar que cada qual destes políticos representa as aspirações, crenças, buscas, forma de pensar e até de agir de milhares de votantes distribuídos pelo imenso Brasil. Do meio dos protestos e manifestações públicas vistas recentemente, misturados com um legítimo clamor público encontram-se ultra-liberais, mas também aproveitadores de toda ordem, que fomentam a discórdia, o confronto, o caos e a desunião. Jean Wyllys defendeu votou pelo ensino do Islamismo, entre outras religiões, nas escolas. É simpático de Che Guevara e é confrontado por jovens com futuro promissor na política como Kim Kataguiri, integrante do Movimento Brasil Livre que defende, entre outros a República, a liberdade e o direito à propriedade e que combate abertamente o Governo Dilma e é a favor do seu impeachment. Nesse mesmo contexto político encontramos os ultra-conservadores que poderíamos supor defendem os valores humanos e interesses das mais preciosas instituições, tais como a família tradicional e o valor à vida. São estes ultra-conservadores curiosamente ligados à religiões e crenças religiosas, com destaque mas não de forma exclusiva para a conhecida bancada evangélica no congresso. E espero que se entenda que aqui não há nada contra qualquer religião ou crença em si, desde que ela esteja, para mim, alinhada aos valores e verdades supostamente válidos e universais para nossa época e a maioria da coletividade e que, o fundamentalismo religioso não deve ser maior do que o amor à espiritualidade ou a um Deus. Curiosamente, estes parecem, em sua maioria, apoiar o ilibado Eduardo Cunha. Mostram-se contra o aborto e contra a união legal homoafetiva e defendem a família tradicional, mesmo que não haja amor nela e não reconhecem outras formas de união ainda que tais uniões sejam motivadas por amor ou por esse mesmo Deus. Essa bancada conseguiu aprovar sob o comando de Eduardo Cunha a isenção de impostos sobre repasses a pastores e busca aprovar medida que concede poder das Igrejas questionarem o Supremo. De maneira mais ampla, vive-se uma dicotomização entre aqueles que defendem o impeachment e aqueles que entendem que isso seria um golpe, uma reação conservadora das elites dominantes que perdem, entre outros, espaço político, poder econômico e vêem suas propriedades e a liberdade geral ameaçada. Nesse meio, há fascistas, bolivarianos, capitalistas e comunistas. Se é certo que a liberdade e a propriedade são direitos fundamentais, é fato que é preciso, como já dito, corrigir e reparar graves erros históricos, criando maior distribuição de justiça e igualdade social em todos os sentidos. Nesse momento, não há melhores nem piores. O que há é um enorme caldeirão de situações e tendências aparentemente opostas, mas que, um olhar mais atento e aprofundado pode revelar que há mais elementos de um no outro lado do discurso do que se imagina, justamente porque começa-se a se evidenciar que, o que defendemos (discurso), nem sempre e muitas vezes não tem sido o que de fato praticamos, qualquer que seja a ideologia, os valores, as crenças, os lados, a situação econômica, a ideologia, a posição política, o partido, a bandeira que defendamos. Parece haver sempre um pouco de culpa na vítima assim como um pouco de inocência no agressor. O que nos deveria fazer recuar em nossas lutas ideológicas e repensar posturas. É fato que vivemos numa época de transformações rápidas e profundas. O que penso valer a pensa considerar é que, em tempos em que se aguarda, se sabe e até se espera uma profunda renovação geral, não podemos mais usar valores temporários, antigos e/ou supostamente ultrapassados para tempos novos. Resta-nos saber então quais valores devem ser descartados e deixados para ir embora junto com o velho mundo e quais valores devem ser preservados assim como quais novos valores podem e devem ser desenvolvidos de acordo com a época atual e futura. Haveriam valores válidos para qualquer época e tempo? Todo conservadorismo precisa ser superado naquilo que tem de limitado para dar lugar a valores mais apropriados ao contexto e às necessidades atuais e futuras. Da mesma forma que os homens deveriam ser capazes de preservar um conservadorismo, uma “tradition” que valorize tudo aquilo que é universal, belo, eterno ou divino. O que nos leva à questão da relatividade na interpretação das coisas e da importância subjetiva para cada pessoa. O que é belo ou eterno para um não é para outro. Então, como discernir e escolher? O bom senso aliado ao desinteresse de juízo, capaz de observar de forma ampla, o contexto e não só segmentos e situações isoladas parece ser um indicativo. Nesse caso, como realizar tal proeza? Uma postura genuinamente filosófica e não uma filosofia em particular poderia nos ajudar, afinal, até mesmo nas filosofias encontramos o espírito contraditório humano. Mas a postura filosófica, de busca pela verdade, parece nos colocar numa condição de abertura para a compreensão e o aprendizado, suspendendo nossos juízos, crenças e valores e evitando uma possível contaminação na análise e na defesa visceral que muitos fazem de suas verdades. Uma tradição, uma ideia cristalizada, um paradigma e determinados valores podem servir a determinadas épocas e sociedades, assim como muitas vezes têm servido a determinadas classes econômicas e sociais mais do que a outras. Era interesse para a Igreja sustentar que a Terra era o centro do Universo e que não girava em torno do Sol. A escravidão era legalizada e um fato tido como normal para sociedades de 150 anos atrás. A classe dominante não considerava a escravidão um erro e a abolição, quando defendida, era vista como minoria e provavelmente quem a defendia era hostilizado. Mas, alguns valores praticados e cultivados por determinadas civilizações e sociedades não são e não podem ser mais resistentes que uma verdade universal e atemporal. Estes primeiros seriam produtos de culturas e civilizações com prazo de validade. Quando se fala em prazo, não devemos imaginar discussões restritas à política (sem faltar da arte, da cultura, das tecnologias, buscas religiosas e filosóficas) para os próximos 5, 10 ou 20 anos, onde governantes, partidos e ideologias sem lastro maior na história acabam por predominar temporariamente e infelizmente, hoje parece que só nos atemos a esses curtos períodos de poucos anos. Acaso não é assim hoje a polarização das discussões políticas em torno da ditadura no Brasil versus os comunistas, socialistas rebeldes e revolucionários que atualmente governam, aliás com uma política econômica muito próxima do neo-liberalismo que tanto criticam e uma postura regulamentadora com censura disfarçada de monitoramento da liberdade de imprensa que beira à repressão, à lei da mordaça e ao controle ditatorial do regime militar? Prática aliás similar aos países de política bolivariana e que são simpatizantes do atual governo brasileiro? Adotam, por força das circunstâncias e necessidades econômicas, ou por mera conveniência, ações que vão contra a classe trabalhadora que defendem, porque agora vivem, na prática, aquilo que um dia idealizavam como gestão e governo ideal. A história mostra que o discurso é diferente da prática, que o social em detrimento do capital tem um limite, o da sustentabilidade, e que ambos precisam coexistir num delicado equilíbrio de gestão a ser decifrado não só pelas ideologias que passaram pelo Brasil nos últimos 50 anos, mas como para grande parcela da humanidade, exceção feita talvez a poucos países dos Alpes Suíços. A análise histórica desse curto período de tempo, mostra-nos, entre outras coisas, que o ser humano é mais frágil e suscetível às pressões coletivas, abdicando de valores que julgava ser seus, próprios, pessoais, particulares e imutáveis frente à tentação do dinheiro fácil que corrompe, da sedução irresistível do poder a qualquer preço que promove a indiferença e a vilania, do radicalismo de ideias e ideais disfarçado de patriotismo e traduzido na rigidez truculenta capaz da violência e dos extremos da tortura e do extermínio...Os exércitos, muitas vezes cultivando valores nobres no coração de seus efetivos e dentro de seus muros como a coragem, o amor à pátria e o serviço à sociedade, estiveram, infelizmente, à serviço do poder econômico e político, com base no uso da força e das armas. A história mostra-nos que valores práticos são muito diferentes de valores idealizados e quando há dicotomia entre estes dois, o resultado é, como dissemos, que a prática é uma coisa e o discurso é outra. Por fim, mostra-nos também que nenhum dos dois extremos e dos valores amplamente difundidos e defendidos por qualquer das situações supostamente e diametralmente opostas foi suficiente ou completamente incorreta ou correta. O pêndulo da história apenas deslocou-se de um extremo a outro, indicando o final de um curto clico localizado e que o ápice desse movimento histórico em breve chegará ao seu fim, abrindo espaço para não só uma compreensão maior a respeito do que de fato ocorreu no interstício dessas gerações compreendidas entre a Ditadura e um governo de centro-esquerda com discurso sócio-comunista bem como guardando aprendizados para o porvir. Como bem disse um General a este respeito, a história só poderá ser analisada de forma isenta quando estas gerações passarem. Seguindo mais além, lembremos de que em se tratando de valores atemporais, não falamos de algumas décadas nem tampouco de um século ou dois. Ampliando nossos horizontes temporais, resgatemos de forma breve a trajetória de algumas civilizações, com foco na civilização egípcia, cuja passagem pela história hoje está praticamente restrita apenas a vestígios materiais de sua existência entre nós. A esfinge pode datar de 3 mil anos a.C. A Civilização conta com tempo bem superior, acredita-se que o Egito tenha experimentado períodos de pesadas chuvas nos milênios que marcaram o deslocamento pós-glacial da zona temperada em direção ao norte. Tal período teria durado de 10000 a 5000 a.C. e no seu final o Saara tinha se transformado de savana verde em um deserto. Outra época ainda mais intensa de chuvas, embora mais curta, teria ocorrido de 4000 a 3000 a.C A história está repleta do surgimento, desenvolvimento, ápice e declínio não só de povos, civilizações e raças, mas de suas culturas, seus modelos políticos, econômicos e sociais. Com o maior Império do mundo até então conhecido de Alexandre, o Grande, foi assim. O Império Romano não resistiu à derrocada moral de sua civilização e às invasões bárbaras. Teóricos formularam as mais diversas interpretações a respeito de tais ciclos. A insinuação implícita na Teoria dos Ciclos de Civilização, por exemplo, é que todas as civilizações, não importa quão magníficas sejam, estão condenadas a decair e ruir. Durante séculos, historiadores, teóricos políticos, antropólogos e o público em geral tenderam a pensar na ascensão e na queda das civilizações em tais termos cíclicos e gradativos . Os ciclos e por consequência as renovações e mudanças advindas deles são mais óbvios na astrologia, que é, podemos arriscar a dizer, essencialmente baseada nestes. Assim, o ciclo individual dos astros de nosso sistema solar, a exemplo de Júpiter, Saturno ou Plutão, pode revelar períodos de crise ou prosperidade individual ou coletiva. Descartemos aqui a crença de que o Zodíaco não é capaz de determinar o destino das pessoas e consideremos apenas a possibilidade de influenciar, o que é bem diferente de determinar, a vida das pessoas. Além disso, no campo individual, para todo aquele que crer e julgar que assim é, é provável que, muitas das previsões zodiacais tenham maior ou menor força de atuação e realização em suas vidas pessoais e na forma como interpretará os acontecimentos da vida. Mas, para os menos supersticiosos e mais tradicionalistas, eles, os ciclos, não estão presentes apenas nas tradições esotéricas e místicas, mas também nas tradições religiosas remotas como a do povo hebreu, que em sua tradição se dedica a estudar, compreender e decifrar os ciclos para Deus. Apenas a título de exemplo citemos no Judaísmo o Shabat, o Shemitah e o Jubileu. O Shabat é o último dia de um ciclo de 7 dias que deveria ser dedicado ao descanso. O Shemitah é o último ano de um ciclo de 7 anos que deveria ser dedicado ao descanso. O Jubileu ocorre após sete períodos de sete anos (7 Shemitahs), quando o quinquagésimo ano seria santificado por Deus - este seria o ano do jubileu. Retroagindo no tempo, encontramos nas tradições religiosas mais remotas da humanidade, no Bhagavad-Gita que segundo os Vedas, o cosmos material se manifesta em ciclos de quatro eras: Satya, Treta, Dvapara e Kali. A era de Satya é caracterizada pelas boas virtudes e todos os seres humanos que vivem na Terra são repletos de qualidades divinas. Na era de Treta, há um declínio das virtudes e a Terra passa a abrigar ao mesmo tempo seres divinos e seres demoníacos. Na era de Dvapara, o aumento da irreligião e da impiedade se acentua e o divino e o demoníaco passam a viver na mesma família. Finalmente, na era de Kali, ou era das trevas, há um predomínio total de irreligião, hipocrisia e desavenças, e a natureza divina e demoníaca habitam lado a lado no mesmo corpo. Desse modo, foi há cinco mil anos, entre o final da era de Dvapara e o começo da era de Kali, que a Pessoa Suprema, Bhagavan Sri Krishna, veio à Terra e transmitiu para Arjuna este conhecimento sublime do Bhagavad-gita, removendo, assim, todas as suas dúvidas, ansiedades e lamentações. O cenário do Bhagavad-gita foi o campo sagrado de Kurukshetra, minutos antes da batalha mais violenta já registrada pela história dos últimos tempos. Naquela época, a Terra e seus habitantes estavam sendo atormentados pela influência perturbadora de indivíduos materialistas e cobiçosos e, como é confirmado no Capítulo Quatro do próprio Bhagavad-gita, em tais situações, o próprio Senhor sempre desce a este ou qualquer outro planeta para eliminar os elementos indesejáveis e proteger diretamente as pessoas piedosas. Falemos agora em ciclos da perspectiva dos astros e, portanto, numa escala de tempo muito maior que várias das nossas gerações terrenas são capazes de abarcar e compreender num único olhar, a não ser que se abarque o ciclo inteiro. Consideremos, por exemplo, o tempo de 26.000 anos para que nosso Sol complete sua órbita em torno da Constelação de Alcione. A cada dez mil anos, o Sistema Solar penetra no anel de fótons por dois mil anos, ficando mais próximo de Alcione. A última vez que a Terra passou por ele foi durante a “Era de Leão”, há cerca de 12.000 anos. Na Era de Aquário, que está se iniciando, ficaremos outros 2.000 anos dentro deste disco de radiação. Todas as moléculas e átomos de nosso planeta passam por uma transformação sob a influência dos fótons, precisando se readaptar a novos parâmetros. A excitação molecular cria um tipo de luz constante, permanente, que não é quente, uma luz sem temperatura, que não produz sombra ou escuridão. Talvez por isso os hinduístas chamem os tempos que estão por vir de “Era da Luz”. Desde 1972, o Sistema Solar vem entrando no cinturão de fótons, e em 1998 a sua metade já estava dentro dele. Em que momento presente estaríamos diante de inúmeros ciclos a que estamos sujeitos? Não estaríamos diante de o final de um grande ciclo, o qual foi amplamente divulgado, previsto e profetizado? Não seriam um destes ciclos em que marcaram o desaparecimento da civilização egípcia ou maia? Ou o fim de um período de encerramento dos abusos e excessos tais como do povo romano e seu império militar? Não seriam as agitações humanas, o confronto de ideias, a inversão de valores reflexos de um tempo que se aproxima e que tende por acentuar tais acontecimentos? A modernidade, a inovação, a vanguarda de ideias renovadoras, a busca e conquista por liberdade e direitos deve ser capaz de substituir e melhorar o modo de vida, as condições existenciais do ser humano, ampliando, incluindo e estendendo benefícios a um maior número de vidas, mundos e maneiras de existir. Porém, toda renovação de valores deveria se restringir até o limite em que não subverte, derruba ou tenta revogar os valores mais reais e profundos da vida, porque estes, ainda que nem sempre praticados ou cultivados no seio da cultura e de nossas sociedades, empresas e famílias, são, de certa forma, o destino inevitável a que estamos sujeitos. Quem então poderá pretensamente reivindicar a posse individual de respostas e soluções para questões tão complexas que fogem à ação humana? Nesse sentido é que entendo ser necessária a moderação e até uma certa imparcialidade para tempos difíceis e espero sinceramente que esta seja uma posição coerente e válida para tais momentos. Em meio a uma crescente e acentuada violência e perda evidente do valor e respeito à vida humana, não podemos combater e generalizar todas as mudanças. Como não emocionar-se ao ver que os casamentos dos jovens de hoje já não seguem aquele ritual morno e formal das igrejas e são renovados pela criatividade, a leveza e o bom-humor? É assim que alguns se casam agora embalados ao ritmo de uma música moderna e empolgante de que fato gostem e faça sentido para o casal. Ou então de surpresas agradáveis por parte de um dos noivos, de desafios e brincadeiras que envolvem os convidados, ou ainda, de um duelo eletrizante de sabres de luz ao som da trilha sonora de Star Wars. Como não ver nisso uma inversão de valores? Como não ver nisso uma boa inversão de valores? Quantos bons exemplos poderiam ser enumerados? É necessário sim, subverter alguns valores bem como preservar outros. De fato mudanças estão mais evidentes e se não há uma total inversão dos valores (acredito que não), há, ao menos uma realocação, um rearranjo de tais valores onde aqueles descartáveis e adotados por elites, por classes dominantes, por ideologias obscuras e humanas darão lugar, como já dito, para valores mais atuais, condizentes e coerentes não com nossas gerações, mas de acordo com gerações futuras, afinal, nosso tempo não é parâmetro, é um tempo de transição em que praticamente tudo está em debate, sendo questionado, revisto, resultando lutas de ideias que amanhã já não mais existirão, prevalecendo, o que é real, verdadeiro e profundo sobre o que é circunstancial, datado e ultrapassado. Muitos desejam a renovação social, poucos estão dispostos a rever ou mudar seus próprios valores.
O FLUIR DA VIDA

Hoje o dia foi desafiador e por conta disso acabei entrando, ou melhor, continuando um processo reflexivo que já venho fazendo há alguns dias.

Adormeci assistindo ao filme “Eu Maior”. Lembro-me que acordei numa certa altura do filme e assisti de forma breve mais um pequeno trecho. Nesse trecho a atriz Letícia Sabatella explica como era seu processo de atuação, no qual ela buscava se 'esvaziar' para incorporar uma personagem e que, quanto mais e melhor ela conseguia se entregar a esse processo de esvaziamento, mais ela conseguia fluir e mais ela “encarnava” essa personagem, obtendo um trabalho muito melhor e maravilhoso.

Chamou-me a atenção na fala dela a questão do 'esvaziamento', colocando-se como um canal que está a serviço da vida e que deixa fluir, através dela o seu trabalho artístico e as coisas boas que a pessoa tem a oferecer. O 'esvaziar-se' também me faz lembrar de uma daquelas anedotas no qual um "Mestre explica ao seu discípulo que quando a xícara está cheia, não há espaço para mais chá, porque não cabe mais nada". Assim, para que o chá flua do bule para a xícara e da xícara para o discípulo é necessário beber (esvaziar) aquela xícara primeiro, dando lugar a outra. A anedota parece referir-se ou ser atribuída mais à questão do conhecimento, indicando que o conhecimento adquirido deve ser compartilhado. Agora, talvez uma outra forma de tentar entender esta anedota seja assim: "Tudo o que recebemos, podemos aceitar, agradecer (sentimento de gratidão) e retribuir da forma que está ao nosso alcance". 

Voltando à questão do "esvaziamento", chamou-me a atenção porque já escutei há algum tempo atrás e escutei novamente hoje numa conversa de trabalho, sobre a importância de não deixarmos “entupir” o nosso canal, porque, de alguma forma, também somos uma conexão dentro de um processo, pelo qual pode ou não fluir a vida e as trocas do dia-a-dia. Toda vez que, por algum motivo, este “encanamento” entope ou a xícara transborda, a vida é interrompida ou desperdiçada e buscará outras formas de encontrar seu caminho, assim como um rio que é represado busca vencer esse obstáculo, contornando-o ou superando-o. A ideia do fluxo de um rio me parece uma boa imagem para demonstrar a compreensão óbvia para muitos talvez, mas simples e esclarecedora que tive a esse respeito.

Me recordei também dos “surfistas”, porque no filme uma imagem muito bela que aparece é de uma grande onda se formando no mar aberto. Essa analogia do rio e do fluir, me ajuda a entender melhor, por exemplo, o comportamento de “surfistas”, “skatistas” e de praticamente todo praticante de esporte radical. Algo sempre me chamou a atenção no comportamento deles que eu não compreendia bem, mas que me parece um tanto característico e que admiro. É essa capacidade deles de simplesmente “fluir” na vida, curtindo a vida naturalmente, no ritmo que ela própria apresenta. É como se estivessem conectados à natureza e sincronizados com um ritmo próprio da vida, por isso “fluem” (deslizam) conforme as “emanações” ou ondas da vida. Esse mesmo olhar e compreensão poderíamos estender aos dançarinos, músicos, artistas em geral e todos aqueles que "fluem" na vida, muito mais por uma conexão com sua presença, seu eu interior e pela intuição e síntese do que pela intelecção, a análise e o raciocínio.

A interrupção desse fluxo definitivamente não parece interessante. Compreendi o quanto é preciso deixar a vida fluir. Às vezes, algumas características e traços de personalidade  podem  atrapalhar. Por exemplo, quando se tem um perfil planejador e controlador associado com um traço de racionalidade e atividade mental intensa, por conta do trabalho profissional ou não, naturalmente alguns espaços para o sensorial e para a intuição perdem espaço. Por vezes, somos levados a crer que todos temos ou podemos ter pleno controle sobre nossas vidas e podemos passar a concentrar grande parte dos resultados das nossas próprias vidas em nós e sob nossa responsabilidade pessoal, o que não é ao meu ver uma postura tão ruim assim. Esse parece ser o discurso que justifica o sucesso. Contudo, algumas pessoas podem passar a fazer isso de forma tão intensa que passam a querer planejar, prever e controlar quase tudo a fim de assegurar certos resultados e, por consequência, podem se fechar para as “possibilidades” e o “fluir” da vida. Além disso, é preciso deixar espaço para que uma força superior, o seu protetor espiritual (anjo, guia, mentor, amparador) uma providência divina, um Deus atue na sua vida.

Esse nosso “canal” pode ser entendido aqui como “chacras” ou centros de força (de energia) e dependendo da nossa habilidade ou fluência em fazer isso, eles podem 'enroscar' fácil. Parece importante então fazer esses chacras rodarem, em fazer a vida fluir através de nós mesmos. Mas como assim podem "enroscar" fácil? Eles podem não girar, não funcionar por diversos motivos. Pode ser porque alguns eventos existenciais ou algumas características da sua forma de ser podem favorecer, sem que você perceba (geralmente é assim, mas em se tratando de ser humano não há regras) que nos fechemos num “ego” (persona, identidade), numa casca de personalidade para nos preservarmos, para nos protegermos ou para simplesmente por medo de julgamento, exclusão, etc..ou de nos mostrarmos tal qual somos. Pode ser também que esse “fechadismo” seja um egoísmo disfarçado de queixa, de vitimização, de procrastrinação para agir, para interagir, para compartilhar. Enfim, várias são as formas com que isso se manifesta e basta entendermos suas possíveis origens. A tendência ao ‘fechadismo’, à dificuldade de perceber que às vezes, por questões de mágoa, rancor, ressentimento ou pura e simplesmente aquilo que chamo de ‘ruminação mental’, o encanamento entope e é preciso limpá-lo. Essa consciência, esse “dar-se conta de que o seu canal ou você enquanto veículo da vida está "entupido” e não fluindo como deveria ou poderia é um primeiro desafio. O outro me parece que é “limpar”. Consigo começar a compreender não só a importância, mas principalmente as consequências disto. Porque o cano entupido tem repercussões das mais variadas. Quando não aprendemos ou não deixamos fluir a nossa energia e vibrações, essa energia começa a repercutir na alma (no espírito, na consciência), a ter efeitos co-laterais diversos como a sensação de isolamento e em casos mais graves me parece que pode evoluir para a sensação de depressão, etc... É semelhante a um processo, que tem várias etapas a serem realizadas com início, meio e fim e vários envolvidos. Naquele em que o fluxo é interrompido, todos os demais envolvidos no processo, mais cedo ou mais tarde, passarão a sentir os efeitos dessa interrupção caso ela não seja solucionada, provavelmente comprometendo as relações pessoais, ainda que temporariamente.

Deixar fluir pode ser, em grande parte, um “render-se” à vida, entregar-se a uma vontade superior e deixar ela ocorrer também não só a partir daquilo que achamos que controlamos, porque de fato parece que não podemos conter esse fluxo (e precisamos?), quando no máximo talvez canalizá-lo. Uma oração, uma prece genuína que brota do coração não seria uma canalização, uma espécie de interseção a favor de alguém que amamos? Talvez por isso o voluntariado, o exercício da ajuda ao próximo, da caridade e a leveza das trocas da amizade no dia-a-dia e no convívio familiar sejam formas que ajudam a exercitarmos e mantermos o canal aberto e o fluxo constante.

Na natureza, é fácil observarmos alguns ciclos que são constantes. A troca de estações do ano e os impactos de cada estação no clima e por consequência na vegetação, etc... Da mesma forma a vida tem seus ciclos e a morte (do corpo físico) seria assim só uma transição, o início de um novo ciclo, para alguns o início da verdadeira vida. Toda vez que o ciclo da vida é impedido sistematicamente podemos chegar ao resultado de interrupção ou fechamento definitivo deste ciclo pela entropia ou capacidade de um sistema ou organismo não se regenerar ou se renovar na velocidade em que precisa. Reciclar-se e recomeçar continuamente e sempre que necessário já faz parte da vida. Manter um fluxo constante a partir do abertismo para a vida é a forma de manutenção e perpetuação da vida através de novos e constantes ciclos.

Render-se à força da vida, esvaziar-se do que você sabe e do que você acredita que é e sabe, deixar fluir de você e através de você, estar aberto à troca é sim desafiador, porque nos torna vulneráveis e implica em apresentar-se para a vida tal qual somos, sem restrições, sem imposições (incondicionalmente), mas pode ser também uma oportunidade de amadurecer, de deixar a vida florescer e quem sabe, para que nós, enquanto seres humanos, também nos tornemos seres mais plenos e mais íntegros.

Um bom entendimento a esse respeito poderia ser o de nos colocarmos à serviço da vida, sendo um canal para que a vida e seus bons acontecimentos ocorram, sendo um veículo, um catalisador, porque recebemos da vida e entregamos algo para a vida. Quando a leitura ou a percepção a respeito do que recebemos da vida não é tão agradável, a tendência é que também passemos a devolver o mesmo para a vida. Receber, acolher, agradecer (incondicionalmente) o que a vida nos entrega é uma forma de passar a melhorar o fluxo daquilo que estamos devolvendo e entregando para a vida.

Evitar a interrupção, diminuir a resistência mental, contornar obstáculos, suavizar, abrandar, permitir viver e acontecer, deixar fluir e fazer fluir, deixar seguir, deixar a vida correr por entre suas veias, acolher aqui e entregar ali adiante, abrir o coração para oferecer o melhor, sentir, intuir, movimentar-se, mobilizar a vontade e as energias, fazer  tudo isso pode requerer coragem, mas parece-me uma sábia e feliz escolha! Ceder espaço ao amor, celebrar as alegrias da vida, permitir-se ser feliz e recomeçar, tantas vezes quantas forem necessárias, entregar-se às amizades. Agora vamos praticar? Viva e deixe viver!



                PORQUE A GERAÇÃO Y É MAIS FELIZ!

   Escrevo este texto com breves comentários porque não ouso chamar de artigo. Tudo começou porque ao ler o texto PORQUE A GERAÇÃO Y É INFELIZ, não pude deixar de me incomodar com as afirmações lá contidas. Não vi quem é o autor, não vi seu currículo e sinceramente, pouco me importa de quem se trata. Meu objetivo não é atacar ninguém, mas não posso deixar de manifestar minha indignação com o que considero alguns absurdos!
   A lógica do texto me parece bem concatenada, porém falaciosa, tendenciosa, ultrapassada e limitada nas crenças de quem escreveu.
   Eu sou da GERAÇÃO X, mas o que eu mais quero ver é a GERAÇÃO Y, Z, "C" (de conectados, comunitários, conscientes), etc.. mudar esta realidade mundial que aí está!
   Quem escreve o texto não fundamenta bem suas afirmações, apresenta pouca ou nenhuma evidência científica e muita, muita especulação, blábláblá... Aliás, especulação em cima de outros “achismos” e pesquisas que a cada momento dizem uma coisa sobre esta e outras gerações. Mesmo sabendo que em se tratando de comportamento humano não podemos esperar muita previsibilidade e exatidão matemática. Se tem uma coisa que aprendi é que o ser humano é singular e de subjetividade incomparável.
   O autor, que me parece entender pouco de gente, senão não teria afirmado certas coisas, justifica seus argumentos sob a lógica do sistema de crenças já instituído (e não esqueçamos que esse modelo NÃO É MAIS SUSTENTÁVEL e talvez nunca tenha sido). Vejamos um exemplo do seu pensamento: "Pra fazer sucesso e ter uma carreira foda é preciso trabalhar MUITO!" Apesar de parecer muito verdadeiro, isso é uma FALSA CRENÇA enquanto resultado absoluto, é apenas uma probabilidade e não funciona para todos, isso é uma crença pessoal do autor do artigo, acreditando que isto vale para todos! Se isto fosse verdade, operário estaria rico e muita gente honesta e trabalhadora teria outra condição social e financeira, evidenciando que a balança está pendendo para algum lado e desfavorecendo quem está na outra ponta! Portanto não me parece regra (então não coloquemos em termos definitivos e conclusivos o que não é de fato assim) que pra ter uma carreira foda é preciso trabalhar muito. Esse tipo de afirmação me gera urticárias, porque quando se afirma isso, implicitamente se está dizendo o seguinte: “Meu irmão, deixa de ser vagabundo, tá pensando que vai ganhar grana fácil? Vai trabalhar, porque eu dei duro na vida e se tenho o que tenho hoje é porque eu trabalhei muito! Tá pensando que é moleza e que qualquer um pode? Isso é privilégio pra poucos, pros melhores e só prospera quem merece. Se você não prosperar não é por causa do sistema, a culpa é somente sua!”. Outro exemplo clássico e falacioso vigente no meio corporativo regido pelo entendimento darwiniano: “só sobrevive quem se adapta mais rápido!” Ora bolas, isso pode ser uma regra de mercado, mas será que isso se estende à vida considerada em todas as suas dimensões? Essa lógica pode até funcionar para o mercado, mas não se aplica a inúmeras questões existenciais do ser humano onde velocidade nem sempre é sinônimo de adaptação, resultado ou felicidade. E se for verdade, acredito que muitos empresários deveriam refletir muito depois de ler este texto, porque se é assim, o que fizeram até agora para se adaptar à geração Y além de criticarem e conflitarem com eles? Não me parece que estão sendo adaptativos porque ainda nem os entenderam, ou entenderam? Se tivessem entendido não estariam recorrentemente perdendo os chamados "talentos" que buscam avidamente por uma empresa que seja capaz de lidar adequadamente com eles.
   A vida não é matemática e afirmações como essa de ter que trabalhar muito pra ter resultados pressupõe que temos pleno controle sobre nossas vidas e isso nem sempre se aplica!
   Sou da opinião que pra ter uma carreira foda você precisa alinhar a profissão que exerce com seus reais talentos, potencial e pontos fortes e isso aumenta suas chances e por consequência seu senso de realização e talvez felicidade. Ou seja, hoje a maioria não tem carreira foda porque não conhece bem seu próprio potencial e suas verdadeiras aptidões, vive com base em expectativas familiares, sociais e culturais e não próprias e isso não é e nunca foi um problema exclusivo da Geração Y. Como pode alguém ser FELIZ na carreira errada, na profissão errada ou no lugar errado? Como vai contribuir, se auto-motivar, agir de forma entusiasmada se se sente obrigado a fazer o que não quer ou não concorda (ideologicamente) mas somente porque precisa sobreviver ou porque fez simplesmente escolhas imaturas que criaram uma condição existencial circunstancial mas difícil para ele? Como vai produzir e ser criativo em ambientes repressores e com alto nível de estresse que só visam o lucro, a manutenção do status quo (poder) onde seus líderes estão “cagando” pra que de fato seus colaboradores pensam? Ouso dizer que é isso que vê, pensa e percebe alguém da Geração Y, que ao final, se está infeliz, é porque não quer dar continuidade a isso que aí está e quer mudança sem saber bem como fazer! Resumindo: a conclusão das pesquisas com a Geração Y é baseada em perguntas "erradas" e apresenta somente aquilo que investigam. Investiguem certo e terão uma visão adequada. A questão então não é se os resultados das pesquisas estão certos, mas se as perguntas estão certas.
   Outra questão ainda relacionada com a Mesologia: quem disse que pra ser feliz tem que ter carreira foda? Quem disse que todos buscam isso? Infelizes existem em todas as épocas e em todas as gerações e profissões. Os mais felizes são aqueles que inventam suas próprias carreiras (e elas com certeza não estão nos organogramas) e se há de fato algum motivo concreto, real e que vale a pena considerarmos é o fato de que as oportunidades oferecidas atualmente estão muito em desacordo com o que esses profissionais dessas novas gerações podem contribuir. É óbvio que vão se sentir infelizes porque funcionam de um jeito diferente e que é novo aos olhos do sistema ‘velho’, mas o sistema antigo só consegue enxergar rebeldia, desrespeito à autoridade e inadequação. Não tem que se adequar mesmo, tem mais é que ‘quebrar tudo’ de arcaico e inadequado ao novo mundo que está vindo, começando pelos paradigmas (sem violência e depredação por favor, aqui o termo quebrar se refere à ruptura, inovação e mudança e não é uma apologia ao vandalismo de qualquer gênero, que aliás é condenável)!
   Com relação ao trabalho duro, vejamos um exemplo da falácia: Ainda que seja exceção, nessa nova era tem gente "bombando" só com um viral, um aplicativo revolucionário ou uma start-up inovadora. Tem moleque (no bom sentido) descobrindo a cura para doenças graves começando só com pesquisa no Google, veja o caso de Jack Andraka. Esse moleque tá preocupado em profissão foda ou entrar numa multinacional? Penso que não! Hoje as competições de START-UP (promovidas por grandes empresas e instituições) valorizam o potencial transformador do mundo e a vontade dos empreendedores em MUDAR O MUNDO e não necessariamente focar em carreira foda! Isso é coisa de burocrata e quem quer emprego público!
   Vamos discutir então o que é felicidade e a vida e não discutir uma geração apenas pela ótica do trabalho, porque trabalho como o conhecíamos era importante para os antigos, mas os mais jovens parecem que saberão equilibrar melhor as diferentes dimensões e papéis a serem exercidos na vida, trazendo o trabalho pra verdadeira dimensão que ele merece!!! Será que ninguém leu "O fim dos empregos"? Se eles não vão terminar é fato que estão mudando drasticamente. Ou então vamos considerar que o ócio criativo não é fator de qualidade de vida? Toda ocupação útil é trabalho e o que eles mais querem não é propósito, senso de realização e utilidade?
   “Dê-me uma alavanca e eu erguerei o mundo”, é só isso que alguns deles precisam, de uma alavanca! O que os mais antigos como eu têm dificuldade em entender é que eles simplesmente não querem CARREIRA FODA, estão se lixando pra isso nessa etapa da vida (ainda bem, se não são mais felizes ao menos são mais sábios!), eles só querem ser quem eles são e a profissão é uma parte disso, mesmo que sejam vaidosos, querem, como nós já o desejávamos antes, só que esquecemos porque fomos levados a acreditar que querer mudar o mundo era algo “ridículo” e inviável! Mas, curiosamente parece que eles estão obtendo mais SUCESSO (lembre-se dessa palavra) e estão conseguindo mais do que qualquer outra geração. Por acaso já vimos os resultados deles daqui há 40 anos?
   Quem disse que viver no mundo virtual também não é viver? Um artista quando pinta não está vivendo, ainda que esteja em transe ou sob efeito de uma forte inspiração? Já não vivemos mais somente por elementos concretos, vivemos e caminhamos cada vez mais para um mundo SUTIL, DIFUSO, onde as relações familiares não seguem mais o PADRÃO, e as leis não são capazes de acompanhar a bioética e tudo isso. Onde as conexões se dão por sintonia, por proximidade de ideias e não mais por imposições.
   Dificilmente entenderão um Y com a cabeça de um X ou BABY BOOMER, hoje a prioridade de muitos MILLENNIALS é contribuir, o dinheiro e o SUCESSO (lembra dessa palavrinha?) são secundários para eles e afirmo isso com base num entendimento mais amplo de quem são e como funcionam e não como extratos de resultados de pesquisa sem contexto existencial e só profissional. Sucesso é questão de conceito, portanto passível de discussão e unanimidade porque pra cada um de nós tem uma conotação diferente. Aliás, FELICIDADE (outra palavrinha danada) pra cada um é diferente. Então o autor da infeliz ideia que Y´s são infelizes pega dois conceitos genéricos (sucesso e felicidade) e enquadra toda uma geração neles pra justificar sua opinião. Pra mim, uma tentativa exagerada de justificar uma visão empresarial. Aqui nada contra a visão empresarial, apenas consideremos para fins de entendimento da ideia discutida, que essa visão é limitada e restrita para tentar explicar um comportamento bio-psico-social que ocorre além das paredes de uma empresa.
   Na atualidade penso que precisamos de outro modelo de vida e não só de modelos de negócios e pra botar pra "rodar" isso, tem de ter outros paradigmas, outra mentalidade, mais moderna, menos viciada...enfim, mais arejada.
   Para compreender essas novas gerações não podemos observar o seu comportamento aparente apenas, que é efeito direto e imediato de quem eles são. Ouso correlacionar o comportamento deles com o padrão evolutivo (inteligência e moral) destas novas gerações e concluir que o comportamento deles é diferente porque o padrão evolutivo é diferente e melhor que o nosso (mais velhos). Nesse sentido, quem já não ouviu falar de crianças índigo ou cristal? Pois bem, se você não acredita em afirmações místicas e espiritualistas, se não acredita numa transição planetária afirmada por religiões e doutrinas espiritualistas, talvez alimente um sentimento de religiosidade e no fundo se pergunta: “O que está acontecendo com o mundo diante de tantas mudanças e transformações?” Eu diria, independente da minha crença (me considero espiritista), que se observarmos os indícios ao redor do mundo, não será difícil concluir que passamos por uma profunda renovação planetária e essa renovação alcança inclusive a nossa população terrena. Sim, o padrão, o perfil da humanidade está mudando e para melhor. Então, temos informações e dados suficientes, que seriam mais difíceis de resgatar e contextualizar aqui, para acreditar que as gerações que nos sucedem, inclusive a Y, são mais preparadas e melhores do que as anteriores e, provavelmente, mais felizes. Se estão circunstancialmente infelizes não é porque seja da natureza deles, mas porque o mundo velho em que insistem para que eles vivam ainda é um pouco mais infeliz e inapropriado para os padrões deles!
   Isso não significa que as gerações novas possam fazer tudo que desejam e não significa que não devamos educá-los e enquanto sociedade, nos preocupar em transferir a eles os melhores valores e princípios que temos. Ao contrário, só aumenta a nossa responsabilidade, mas como educá-los e prepará-los para o futuro se os consideramos inadequados? Não seria a nossa mente, forma de ver e nossos métodos inadequados? O mundo é que está inadequado pras novas gerações e não eles!
   Que venham mais das novas gerações e façam o seu serviço, cumpram o seu propósito existencial que é a MUDANÇA e derrubar a MANUTENÇÃO DO STATUS QUO.
   Todos os argumentos utilizados no infeliz texto da infelicidade justificam e respaldam um modelo que está corroído, está literalmente esboroando e tolo me parece quem não percebe e ainda se agarra aos velhos e inúteis padrões sociais para a época atual e futura. A questão não é a economia, não é só a relação empresa-colaborador, a questão não é a relação capital-trabalho, a questão é muito maior e essas pessoas são melhores sim (talvez não especiais, mas melhores, com certeza, sob o aspecto intelectual e moral), só discute o assunto no âmbito profissional quem só olha o mundinho "mercado" achando que o mundo se resume às leis de mercado, esquece de olhar as leis da Natureza e desenvolver uma visão sistêmica (pra não dizer holística)!
   Dia chegará em que certas práticas de certas empresas que hoje se consideram modernas para os padrões de nossa época será considerado quase uma semi-escravidão mental ou, no mínimo uma "dominação e manipulação antiética".
   Se não tivermos visão sistêmica, ficaremos perpetuando CONFLITOS ENTRE GERAÇÕES porque simplesmente não conseguimos conviver nem pensar como as gerações que nos sucedem pensam!
   Com base exatamente no quê, podemos afirmar que toda uma geração é mais ou menos infeliz? Quem somos nós pra dizer que a geração anterior à nossa é mais infeliz? Nós que já fizemos 2 Guerras Mundiais, comprometemos a sobrevivência do Planeta através do esgotamento de seus recursos naturais e temos como doença crônica mundial a Depressão, fabricamos novas doenças todos os dias para vender “empurroterapia química” e industrializamos o parto natural dizendo a hora que um bebê deve nascer?
   Com que autoridade moral podemos chamar alguém de infeliz? Nós que reforçamos a cada dia a infelicidade só porque é diferente de nós? Quando digo que eles são infelizes não estarei dizendo implicitamente então que minha geração sim é a certa e a feliz e é a esse modelo que devem os Y seguir? Infeliz foram alguns dos nossos atos, decisões, pensamentos e textos e daqueles que nos precederam! Mas podemos sempre reverter isso e é isso que deixaremos para a geração Y se não mudarmos. E ainda acreditamos que eles têm de fazer o que fazemos, seguir os mesmos caminhos, os mesmos modelos, a mesma carreirinha bitolada, medíocre e sem perspectivas jurando fidelidade e lealdade eterna ao empregador, aceitar goela abaixo um conjunto de regras que nossa geração supostamente "feliz" impõe mas sequer vivencia na prática como líderes do "vazio" e donos de "castelos de areia" porque não fomos e ainda não estamos sendo capazes de exemplificar moralmente!
   Por favor, um pouco de bom senso e menos sensacionalismo ok?!

COLÔNIAS ESPIRITUAIS NO BRASIL




Falaremos hoje sobre as colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mas, antes de falar sobre elas, nós iremos explicar um pouco sobre o que é uma colônia espiritual.

Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. Lá, os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.

Vamos citar nessa postagem algumas colônias espirituais situadas sobre o Brasil e citaremos sua localidade e sua função como colônia espiritual. Vamos a elas:

Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados no perispírito, além de proceder com atendimentos fluídicos concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.

Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia. Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de misericórdia e é uma das mais antigas Colônias em terras brasileiras.

Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. Sendo uma grande referência no mundo espiritual, esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.

Colônia Arco-Íris: Esta Comunidade Espiritual é localizada na região norte do Brasil, indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e conhecidos como “filhos do arco-íris”.

Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá. Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente. No Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de crianças.

Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná, tendo um formato de losango. Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.

Colônia Padre Chico: Situada no Triangulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas. É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.

Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.

Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos.

Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, sua especialidade é receber os desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no perispírito.

Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da Bahia. Esta Colônia coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.

Colônia das Flores: Sendo uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte central de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam essa impressão no perispírito.

Colônia Gramado: Sobre o Rio Grande do Sul, possui vários núcleos de atendimento socorrista. Entre elas, destacam-se as colônias “Das Orquídeas”, “Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela D’alva”, todas recebem o nome de Colônia Gramado. Específica em trabalhos de técnicas de estudo relacionados à coluna vertebral, coordenação motora das pernas e dos pés.

Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.

Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.

Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, esta Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.

Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.

Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no perispírito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.

Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.

Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, essa comunidade tem o formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro e o Mar Cáspio). A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a autodescoberta, como essência divina.

Além dessas, temos outras como:
Nosso Lar
Colônia Socorrista Moradia
Colônia Campo da Paz
Casa Transitória de Fabiano
Colônia Redenção
Colônia da Música
Colônia Espiritual de Eurípedes Barsanulfo
Colônia Alvorada Nova
Colônia Casa do Escritor
Colônia Triângulo, Rosa e Cruz
Sanatório Esperança
Moradias
Colônia Porto da Paz
Instituto de Confraternização
Espírito Meimei
Colônia A Cruzada
Colônia Gordemônio

Espero que tenham gostado dessa postagem, para entenderem melhor o que é uma colônia espiritual, recomendamos que assistam ao filme 'Nosso Lar', ou, se preferirem, leiam o livro 'Nosso Lar', ambos são excelentes. Fiquem com Deus!

Por: Leon e Ana Clara

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=348830961904016&set=a.302451046542008.75095.234353966685050&type=1&theater





Por Jeferson Ricardo S. Flores[1] e Ivo José Triches[2]

O filósofo e político romano Plínio (Caius Plínius Caecillus Segundos), foi o autor deste provérbio que inspirou este nosso escrito. Tal provérbio foi extraído do Dicionário de máximas e expressões em latim, cuja autora é Christa Pöppelmann. No Brasil foi publicado pela Editora Escala. 

Na ciência da Administração muito já se escreveu e se escreve até hoje sobre a importância do foco. Há inclusive livros com esse título. Contudo, lermos isso diretamente na língua da sabedoria – o Latim – é mesmo um bálsamo à nossa alma. 

Isso, de certo modo, evidencia que escrever ou falar sobre essa temática, não é nenhuma invenção moderna. Que os antigos já haviam percebido o quanto é relevante nós não querermos “abraçar o mundo”. Que é melhor concentrarmos nossas energias em uma ou duas coisas. 

Uma das razões que enfraqueceu o império napoleônico, foi o fato dele ter iniciado várias frentes de batalha ao mesmo tempo. Há outros exemplos na história que evidenciam isso. 

Por que de modo geral quando assumimos muitas coisas ao mesmo tempo, não fazemos nada direito? Porque isso dispersa nossa energia, nossa concentração, nossa integridade. Ficamos energeticamente volúveis, vulneráveis, instáveis. Portanto, sujeitos às interferências, às falhas, aos equívocos. Ajustar bem o seu foco, mesmo que tenha mais de uma atividade para fazer é primordial. Isso te dá força concentrada, potência, fluxo energético. 

Se você partir do pressuposto de que a principal de todas as escolhas é escolher-se, é fundamental que seu foco esteja nessa direção. Escolher uma profissão porque lhe fará ganhar mais dinheiro ou lhe proporcionará mais status, fará com que seja muito difícil você manter o foco nisso. Isso porque ao longo dos dias compreenderá que o fardo é muito pesado. O custo será maior que o benefício à sua alma. 

Para que compreenda melhor o que estamos querendo dizer, lançaremos mão de uma analogia. Escolher-se é fazer aquilo que faz bem à sua alma. À medida que você começa a se especializar nisso, perceberá que é semelhante àquele que cava um poço. Quanto mais ele cavar, mais conhecerá desse poço, mas isso não significa que não possa também conhecer o que há ao redor desse poço, do lado de fora, etc. Em outras palavras, não dá para querer fazer mestrado, lecionar, coordenar um curso de graduação, ser presidente de partido político, ter filhos para cuidar e estar terminando uma especialização ao mesmo tempo. Notoriamente que isso não é uma ciência exata ou radical, 08 ou 80, mas saber com clareza o que se quer, como se quer chegar lá, do que devemos abrir mão é muito importante. 

Para nós, tão difícil quanto escolher-se é sustentar a escolha, ou seja, é fazer as renúncias necessárias para que você realize o que quer, consiga o que quer conforme o foco inicialmente escolhido. A opção que se apresenta fora do foco é como se fosse um teste, uma “tentação” para verificar até que ponto você está ou não comprometido com aquilo que deseja. 

O que acontece, numa explicação do ponto de vista energético, é que o foco é uma concentração de energia em direção a determinada situação desejada e para isso, ganhamos impulso, potência e velocidade rumo ao que queremos. 

1. Diante da escolha principal há dúvidas 

Cremos que para você também seja assim: às vezes nos vemos em situações conflitantes, que geram crises ou dificuldades de escolha e posicionamento. Por diversas vezes entendemos que quando nos posicionamos, situações e oportunidades diferentes aparecem, o que faz com que fiquemos confusos. Como se fossem sinais de caminhos alternativos e nós, por imaturidade e pouca clareza destes processos, acreditamos que seja possível seguir os dois ou vários caminhos em paralelo sem maiores consequências. É a falta de uma consistência e clareza do foco principal em nossa vida que faz com que titubeemos e acabemos cedendo ao aceitar outras opções e escolhas que não são as nossas ou que estejam alinhadas ao nosso foco. 

Entendemos que é fundamental você perceber que há estradas que às vezes você precisará percorrer por tempos mais ou menos longos em paralelo, que serão compartilhadas com outros companheiros de jornada, mas que, em algum momento talvez você venha a se desligar desse comboio para pegar outra estrada, um atalho, enfim, um trevo que te leve a outro lugar existencialmente melhor. 

Use sua energia para construir, nem que seja para se reconstruir, nem que seja para planejar, afinal, construção pressupõe também planejamento e projetos. Veja o exemplo do leão: ele é manso, porque guarda todas as suas energias para o foco dele, aquilo que ele sabe fazer melhor do que ninguém: dar o bote no momento certo, rugir de forma estrondosamente potente, enfim, ser o rei da selva. Em quê você quer concentrar toda a sua energia? 

2. Considerações finais 

O fato é que não dá para “assobiar e chupar cana”. Estamos convencidos que é melhor nos especializarmos em uma determinada profissão, por exemplo, que nos faça bem e termos a coragem de dizermos não a tudo aquilo que serve como tentação de uma vida fácil. 

Saber dizer não é fundamental para aquele que deseja ter foco na vida. Se ao escolhermos fazer algo que seja bom para nós e bom para a humanidade, então nossas alegrias não serão egoísticas e passageiras. Ao servirmos a humanidade, qualquer que seja a forma e o tamanho da contribuição, nos eternizaremos no coração daqueles para os quais contribuímos para que pudessem escolher-se também. 

Nosso desejo é que esse provérbio seja um encarte para sua alma. E o que isso significa? Aprendemos recentemente com Lúcio Packter – propositor e principal sistematizador da Filosofia Clínica, que isso é semelhante à casca de um ovo, ou seja, fazer um encarte na alma é envolvê-la com algo que sirva para evitar que ela se disperse com coisas que nos causarão dores existenciais. Por isso é bom ao menos uma vez por mês dizer a si mesmo:multum, non multa. Isso tem o efeito de um encarte e ajuda a manter-se no foco. 

* publicado originalmente em http://itecne.edu.br/ivo/

[1] Jeferson Ricardo S. Flores é formado em Administração com MBA em Gestão Empresarial e Especialização em Inteligência Multifocal; atualmente cursa Filosofia Clínica no Centro de Cascavel Paraná. 

[2] Ivo José Triches é formado em Filosofia. Possui três Especializações e Mestrado. Atualmente é Diretor do colégio e da Faculdade Itecne de Cascavel. É também o Professor titular do Centro de Filosofia Clínica em Cascavel no Paraná. 

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