O FLUIR DA VIDA

Hoje o dia foi desafiador e por conta disso acabei entrando, ou melhor, continuando um processo reflexivo que já venho fazendo há alguns dias.

Adormeci assistindo ao filme “Eu Maior”. Lembro-me que acordei numa certa altura do filme e assisti de forma breve mais um pequeno trecho. Nesse trecho a atriz Letícia Sabatella explica como era seu processo de atuação, no qual ela buscava se 'esvaziar' para incorporar uma personagem e que, quanto mais e melhor ela conseguia se entregar a esse processo de esvaziamento, mais ela conseguia fluir e mais ela “encarnava” essa personagem, obtendo um trabalho muito melhor e maravilhoso.

Chamou-me a atenção na fala dela a questão do 'esvaziamento', colocando-se como um canal que está a serviço da vida e que deixa fluir, através dela o seu trabalho artístico e as coisas boas que a pessoa tem a oferecer. O 'esvaziar-se' também me faz lembrar de uma daquelas anedotas no qual um "Mestre explica ao seu discípulo que quando a xícara está cheia, não há espaço para mais chá, porque não cabe mais nada". Assim, para que o chá flua do bule para a xícara e da xícara para o discípulo é necessário beber (esvaziar) aquela xícara primeiro, dando lugar a outra. A anedota parece referir-se ou ser atribuída mais à questão do conhecimento, indicando que o conhecimento adquirido deve ser compartilhado. Agora, talvez uma outra forma de tentar entender esta anedota seja assim: "Tudo o que recebemos, podemos aceitar, agradecer (sentimento de gratidão) e retribuir da forma que está ao nosso alcance". 

Voltando à questão do "esvaziamento", chamou-me a atenção porque já escutei há algum tempo atrás e escutei novamente hoje numa conversa de trabalho, sobre a importância de não deixarmos “entupir” o nosso canal, porque, de alguma forma, também somos uma conexão dentro de um processo, pelo qual pode ou não fluir a vida e as trocas do dia-a-dia. Toda vez que, por algum motivo, este “encanamento” entope ou a xícara transborda, a vida é interrompida ou desperdiçada e buscará outras formas de encontrar seu caminho, assim como um rio que é represado busca vencer esse obstáculo, contornando-o ou superando-o. A ideia do fluxo de um rio me parece uma boa imagem para demonstrar a compreensão óbvia para muitos talvez, mas simples e esclarecedora que tive a esse respeito.

Me recordei também dos “surfistas”, porque no filme uma imagem muito bela que aparece é de uma grande onda se formando no mar aberto. Essa analogia do rio e do fluir, me ajuda a entender melhor, por exemplo, o comportamento de “surfistas”, “skatistas” e de praticamente todo praticante de esporte radical. Algo sempre me chamou a atenção no comportamento deles que eu não compreendia bem, mas que me parece um tanto característico e que admiro. É essa capacidade deles de simplesmente “fluir” na vida, curtindo a vida naturalmente, no ritmo que ela própria apresenta. É como se estivessem conectados à natureza e sincronizados com um ritmo próprio da vida, por isso “fluem” (deslizam) conforme as “emanações” ou ondas da vida. Esse mesmo olhar e compreensão poderíamos estender aos dançarinos, músicos, artistas em geral e todos aqueles que "fluem" na vida, muito mais por uma conexão com sua presença, seu eu interior e pela intuição e síntese do que pela intelecção, a análise e o raciocínio.

A interrupção desse fluxo definitivamente não parece interessante. Compreendi o quanto é preciso deixar a vida fluir. Às vezes, algumas características e traços de personalidade  podem  atrapalhar. Por exemplo, quando se tem um perfil planejador e controlador associado com um traço de racionalidade e atividade mental intensa, por conta do trabalho profissional ou não, naturalmente alguns espaços para o sensorial e para a intuição perdem espaço. Por vezes, somos levados a crer que todos temos ou podemos ter pleno controle sobre nossas vidas e podemos passar a concentrar grande parte dos resultados das nossas próprias vidas em nós e sob nossa responsabilidade pessoal, o que não é ao meu ver uma postura tão ruim assim. Esse parece ser o discurso que justifica o sucesso. Contudo, algumas pessoas podem passar a fazer isso de forma tão intensa que passam a querer planejar, prever e controlar quase tudo a fim de assegurar certos resultados e, por consequência, podem se fechar para as “possibilidades” e o “fluir” da vida. Além disso, é preciso deixar espaço para que uma força superior, o seu protetor espiritual (anjo, guia, mentor, amparador) uma providência divina, um Deus atue na sua vida.

Esse nosso “canal” pode ser entendido aqui como “chacras” ou centros de força (de energia) e dependendo da nossa habilidade ou fluência em fazer isso, eles podem 'enroscar' fácil. Parece importante então fazer esses chacras rodarem, em fazer a vida fluir através de nós mesmos. Mas como assim podem "enroscar" fácil? Eles podem não girar, não funcionar por diversos motivos. Pode ser porque alguns eventos existenciais ou algumas características da sua forma de ser podem favorecer, sem que você perceba (geralmente é assim, mas em se tratando de ser humano não há regras) que nos fechemos num “ego” (persona, identidade), numa casca de personalidade para nos preservarmos, para nos protegermos ou para simplesmente por medo de julgamento, exclusão, etc..ou de nos mostrarmos tal qual somos. Pode ser também que esse “fechadismo” seja um egoísmo disfarçado de queixa, de vitimização, de procrastrinação para agir, para interagir, para compartilhar. Enfim, várias são as formas com que isso se manifesta e basta entendermos suas possíveis origens. A tendência ao ‘fechadismo’, à dificuldade de perceber que às vezes, por questões de mágoa, rancor, ressentimento ou pura e simplesmente aquilo que chamo de ‘ruminação mental’, o encanamento entope e é preciso limpá-lo. Essa consciência, esse “dar-se conta de que o seu canal ou você enquanto veículo da vida está "entupido” e não fluindo como deveria ou poderia é um primeiro desafio. O outro me parece que é “limpar”. Consigo começar a compreender não só a importância, mas principalmente as consequências disto. Porque o cano entupido tem repercussões das mais variadas. Quando não aprendemos ou não deixamos fluir a nossa energia e vibrações, essa energia começa a repercutir na alma (no espírito, na consciência), a ter efeitos co-laterais diversos como a sensação de isolamento e em casos mais graves me parece que pode evoluir para a sensação de depressão, etc... É semelhante a um processo, que tem várias etapas a serem realizadas com início, meio e fim e vários envolvidos. Naquele em que o fluxo é interrompido, todos os demais envolvidos no processo, mais cedo ou mais tarde, passarão a sentir os efeitos dessa interrupção caso ela não seja solucionada, provavelmente comprometendo as relações pessoais, ainda que temporariamente.

Deixar fluir pode ser, em grande parte, um “render-se” à vida, entregar-se a uma vontade superior e deixar ela ocorrer também não só a partir daquilo que achamos que controlamos, porque de fato parece que não podemos conter esse fluxo (e precisamos?), quando no máximo talvez canalizá-lo. Uma oração, uma prece genuína que brota do coração não seria uma canalização, uma espécie de interseção a favor de alguém que amamos? Talvez por isso o voluntariado, o exercício da ajuda ao próximo, da caridade e a leveza das trocas da amizade no dia-a-dia e no convívio familiar sejam formas que ajudam a exercitarmos e mantermos o canal aberto e o fluxo constante.

Na natureza, é fácil observarmos alguns ciclos que são constantes. A troca de estações do ano e os impactos de cada estação no clima e por consequência na vegetação, etc... Da mesma forma a vida tem seus ciclos e a morte (do corpo físico) seria assim só uma transição, o início de um novo ciclo, para alguns o início da verdadeira vida. Toda vez que o ciclo da vida é impedido sistematicamente podemos chegar ao resultado de interrupção ou fechamento definitivo deste ciclo pela entropia ou capacidade de um sistema ou organismo não se regenerar ou se renovar na velocidade em que precisa. Reciclar-se e recomeçar continuamente e sempre que necessário já faz parte da vida. Manter um fluxo constante a partir do abertismo para a vida é a forma de manutenção e perpetuação da vida através de novos e constantes ciclos.

Render-se à força da vida, esvaziar-se do que você sabe e do que você acredita que é e sabe, deixar fluir de você e através de você, estar aberto à troca é sim desafiador, porque nos torna vulneráveis e implica em apresentar-se para a vida tal qual somos, sem restrições, sem imposições (incondicionalmente), mas pode ser também uma oportunidade de amadurecer, de deixar a vida florescer e quem sabe, para que nós, enquanto seres humanos, também nos tornemos seres mais plenos e mais íntegros.

Um bom entendimento a esse respeito poderia ser o de nos colocarmos à serviço da vida, sendo um canal para que a vida e seus bons acontecimentos ocorram, sendo um veículo, um catalisador, porque recebemos da vida e entregamos algo para a vida. Quando a leitura ou a percepção a respeito do que recebemos da vida não é tão agradável, a tendência é que também passemos a devolver o mesmo para a vida. Receber, acolher, agradecer (incondicionalmente) o que a vida nos entrega é uma forma de passar a melhorar o fluxo daquilo que estamos devolvendo e entregando para a vida.

Evitar a interrupção, diminuir a resistência mental, contornar obstáculos, suavizar, abrandar, permitir viver e acontecer, deixar fluir e fazer fluir, deixar seguir, deixar a vida correr por entre suas veias, acolher aqui e entregar ali adiante, abrir o coração para oferecer o melhor, sentir, intuir, movimentar-se, mobilizar a vontade e as energias, fazer  tudo isso pode requerer coragem, mas parece-me uma sábia e feliz escolha! Ceder espaço ao amor, celebrar as alegrias da vida, permitir-se ser feliz e recomeçar, tantas vezes quantas forem necessárias, entregar-se às amizades. Agora vamos praticar? Viva e deixe viver!



                PORQUE A GERAÇÃO Y É MAIS FELIZ!

   Escrevo este texto com breves comentários porque não ouso chamar de artigo. Tudo começou porque ao ler o texto PORQUE A GERAÇÃO Y É INFELIZ, não pude deixar de me incomodar com as afirmações lá contidas. Não vi quem é o autor, não vi seu currículo e sinceramente, pouco me importa de quem se trata. Meu objetivo não é atacar ninguém, mas não posso deixar de manifestar minha indignação com o que considero alguns absurdos!
   A lógica do texto me parece bem concatenada, porém falaciosa, tendenciosa, ultrapassada e limitada nas crenças de quem escreveu.
   Eu sou da GERAÇÃO X, mas o que eu mais quero ver é a GERAÇÃO Y, Z, "C" (de conectados, comunitários, conscientes), etc.. mudar esta realidade mundial que aí está!
   Quem escreve o texto não fundamenta bem suas afirmações, apresenta pouca ou nenhuma evidência científica e muita, muita especulação, blábláblá... Aliás, especulação em cima de outros “achismos” e pesquisas que a cada momento dizem uma coisa sobre esta e outras gerações. Mesmo sabendo que em se tratando de comportamento humano não podemos esperar muita previsibilidade e exatidão matemática. Se tem uma coisa que aprendi é que o ser humano é singular e de subjetividade incomparável.
   O autor, que me parece entender pouco de gente, senão não teria afirmado certas coisas, justifica seus argumentos sob a lógica do sistema de crenças já instituído (e não esqueçamos que esse modelo NÃO É MAIS SUSTENTÁVEL e talvez nunca tenha sido). Vejamos um exemplo do seu pensamento: "Pra fazer sucesso e ter uma carreira foda é preciso trabalhar MUITO!" Apesar de parecer muito verdadeiro, isso é uma FALSA CRENÇA enquanto resultado absoluto, é apenas uma probabilidade e não funciona para todos, isso é uma crença pessoal do autor do artigo, acreditando que isto vale para todos! Se isto fosse verdade, operário estaria rico e muita gente honesta e trabalhadora teria outra condição social e financeira, evidenciando que a balança está pendendo para algum lado e desfavorecendo quem está na outra ponta! Portanto não me parece regra (então não coloquemos em termos definitivos e conclusivos o que não é de fato assim) que pra ter uma carreira foda é preciso trabalhar muito. Esse tipo de afirmação me gera urticárias, porque quando se afirma isso, implicitamente se está dizendo o seguinte: “Meu irmão, deixa de ser vagabundo, tá pensando que vai ganhar grana fácil? Vai trabalhar, porque eu dei duro na vida e se tenho o que tenho hoje é porque eu trabalhei muito! Tá pensando que é moleza e que qualquer um pode? Isso é privilégio pra poucos, pros melhores e só prospera quem merece. Se você não prosperar não é por causa do sistema, a culpa é somente sua!”. Outro exemplo clássico e falacioso vigente no meio corporativo regido pelo entendimento darwiniano: “só sobrevive quem se adapta mais rápido!” Ora bolas, isso pode ser uma regra de mercado, mas será que isso se estende à vida considerada em todas as suas dimensões? Essa lógica pode até funcionar para o mercado, mas não se aplica a inúmeras questões existenciais do ser humano onde velocidade nem sempre é sinônimo de adaptação, resultado ou felicidade. E se for verdade, acredito que muitos empresários deveriam refletir muito depois de ler este texto, porque se é assim, o que fizeram até agora para se adaptar à geração Y além de criticarem e conflitarem com eles? Não me parece que estão sendo adaptativos porque ainda nem os entenderam, ou entenderam? Se tivessem entendido não estariam recorrentemente perdendo os chamados "talentos" que buscam avidamente por uma empresa que seja capaz de lidar adequadamente com eles.
   A vida não é matemática e afirmações como essa de ter que trabalhar muito pra ter resultados pressupõe que temos pleno controle sobre nossas vidas e isso nem sempre se aplica!
   Sou da opinião que pra ter uma carreira foda você precisa alinhar a profissão que exerce com seus reais talentos, potencial e pontos fortes e isso aumenta suas chances e por consequência seu senso de realização e talvez felicidade. Ou seja, hoje a maioria não tem carreira foda porque não conhece bem seu próprio potencial e suas verdadeiras aptidões, vive com base em expectativas familiares, sociais e culturais e não próprias e isso não é e nunca foi um problema exclusivo da Geração Y. Como pode alguém ser FELIZ na carreira errada, na profissão errada ou no lugar errado? Como vai contribuir, se auto-motivar, agir de forma entusiasmada se se sente obrigado a fazer o que não quer ou não concorda (ideologicamente) mas somente porque precisa sobreviver ou porque fez simplesmente escolhas imaturas que criaram uma condição existencial circunstancial mas difícil para ele? Como vai produzir e ser criativo em ambientes repressores e com alto nível de estresse que só visam o lucro, a manutenção do status quo (poder) onde seus líderes estão “cagando” pra que de fato seus colaboradores pensam? Ouso dizer que é isso que vê, pensa e percebe alguém da Geração Y, que ao final, se está infeliz, é porque não quer dar continuidade a isso que aí está e quer mudança sem saber bem como fazer! Resumindo: a conclusão das pesquisas com a Geração Y é baseada em perguntas "erradas" e apresenta somente aquilo que investigam. Investiguem certo e terão uma visão adequada. A questão então não é se os resultados das pesquisas estão certos, mas se as perguntas estão certas.
   Outra questão ainda relacionada com a Mesologia: quem disse que pra ser feliz tem que ter carreira foda? Quem disse que todos buscam isso? Infelizes existem em todas as épocas e em todas as gerações e profissões. Os mais felizes são aqueles que inventam suas próprias carreiras (e elas com certeza não estão nos organogramas) e se há de fato algum motivo concreto, real e que vale a pena considerarmos é o fato de que as oportunidades oferecidas atualmente estão muito em desacordo com o que esses profissionais dessas novas gerações podem contribuir. É óbvio que vão se sentir infelizes porque funcionam de um jeito diferente e que é novo aos olhos do sistema ‘velho’, mas o sistema antigo só consegue enxergar rebeldia, desrespeito à autoridade e inadequação. Não tem que se adequar mesmo, tem mais é que ‘quebrar tudo’ de arcaico e inadequado ao novo mundo que está vindo, começando pelos paradigmas (sem violência e depredação por favor, aqui o termo quebrar se refere à ruptura, inovação e mudança e não é uma apologia ao vandalismo de qualquer gênero, que aliás é condenável)!
   Com relação ao trabalho duro, vejamos um exemplo da falácia: Ainda que seja exceção, nessa nova era tem gente "bombando" só com um viral, um aplicativo revolucionário ou uma start-up inovadora. Tem moleque (no bom sentido) descobrindo a cura para doenças graves começando só com pesquisa no Google, veja o caso de Jack Andraka. Esse moleque tá preocupado em profissão foda ou entrar numa multinacional? Penso que não! Hoje as competições de START-UP (promovidas por grandes empresas e instituições) valorizam o potencial transformador do mundo e a vontade dos empreendedores em MUDAR O MUNDO e não necessariamente focar em carreira foda! Isso é coisa de burocrata e quem quer emprego público!
   Vamos discutir então o que é felicidade e a vida e não discutir uma geração apenas pela ótica do trabalho, porque trabalho como o conhecíamos era importante para os antigos, mas os mais jovens parecem que saberão equilibrar melhor as diferentes dimensões e papéis a serem exercidos na vida, trazendo o trabalho pra verdadeira dimensão que ele merece!!! Será que ninguém leu "O fim dos empregos"? Se eles não vão terminar é fato que estão mudando drasticamente. Ou então vamos considerar que o ócio criativo não é fator de qualidade de vida? Toda ocupação útil é trabalho e o que eles mais querem não é propósito, senso de realização e utilidade?
   “Dê-me uma alavanca e eu erguerei o mundo”, é só isso que alguns deles precisam, de uma alavanca! O que os mais antigos como eu têm dificuldade em entender é que eles simplesmente não querem CARREIRA FODA, estão se lixando pra isso nessa etapa da vida (ainda bem, se não são mais felizes ao menos são mais sábios!), eles só querem ser quem eles são e a profissão é uma parte disso, mesmo que sejam vaidosos, querem, como nós já o desejávamos antes, só que esquecemos porque fomos levados a acreditar que querer mudar o mundo era algo “ridículo” e inviável! Mas, curiosamente parece que eles estão obtendo mais SUCESSO (lembre-se dessa palavra) e estão conseguindo mais do que qualquer outra geração. Por acaso já vimos os resultados deles daqui há 40 anos?
   Quem disse que viver no mundo virtual também não é viver? Um artista quando pinta não está vivendo, ainda que esteja em transe ou sob efeito de uma forte inspiração? Já não vivemos mais somente por elementos concretos, vivemos e caminhamos cada vez mais para um mundo SUTIL, DIFUSO, onde as relações familiares não seguem mais o PADRÃO, e as leis não são capazes de acompanhar a bioética e tudo isso. Onde as conexões se dão por sintonia, por proximidade de ideias e não mais por imposições.
   Dificilmente entenderão um Y com a cabeça de um X ou BABY BOOMER, hoje a prioridade de muitos MILLENNIALS é contribuir, o dinheiro e o SUCESSO (lembra dessa palavrinha?) são secundários para eles e afirmo isso com base num entendimento mais amplo de quem são e como funcionam e não como extratos de resultados de pesquisa sem contexto existencial e só profissional. Sucesso é questão de conceito, portanto passível de discussão e unanimidade porque pra cada um de nós tem uma conotação diferente. Aliás, FELICIDADE (outra palavrinha danada) pra cada um é diferente. Então o autor da infeliz ideia que Y´s são infelizes pega dois conceitos genéricos (sucesso e felicidade) e enquadra toda uma geração neles pra justificar sua opinião. Pra mim, uma tentativa exagerada de justificar uma visão empresarial. Aqui nada contra a visão empresarial, apenas consideremos para fins de entendimento da ideia discutida, que essa visão é limitada e restrita para tentar explicar um comportamento bio-psico-social que ocorre além das paredes de uma empresa.
   Na atualidade penso que precisamos de outro modelo de vida e não só de modelos de negócios e pra botar pra "rodar" isso, tem de ter outros paradigmas, outra mentalidade, mais moderna, menos viciada...enfim, mais arejada.
   Para compreender essas novas gerações não podemos observar o seu comportamento aparente apenas, que é efeito direto e imediato de quem eles são. Ouso correlacionar o comportamento deles com o padrão evolutivo (inteligência e moral) destas novas gerações e concluir que o comportamento deles é diferente porque o padrão evolutivo é diferente e melhor que o nosso (mais velhos). Nesse sentido, quem já não ouviu falar de crianças índigo ou cristal? Pois bem, se você não acredita em afirmações místicas e espiritualistas, se não acredita numa transição planetária afirmada por religiões e doutrinas espiritualistas, talvez alimente um sentimento de religiosidade e no fundo se pergunta: “O que está acontecendo com o mundo diante de tantas mudanças e transformações?” Eu diria, independente da minha crença (me considero espiritista), que se observarmos os indícios ao redor do mundo, não será difícil concluir que passamos por uma profunda renovação planetária e essa renovação alcança inclusive a nossa população terrena. Sim, o padrão, o perfil da humanidade está mudando e para melhor. Então, temos informações e dados suficientes, que seriam mais difíceis de resgatar e contextualizar aqui, para acreditar que as gerações que nos sucedem, inclusive a Y, são mais preparadas e melhores do que as anteriores e, provavelmente, mais felizes. Se estão circunstancialmente infelizes não é porque seja da natureza deles, mas porque o mundo velho em que insistem para que eles vivam ainda é um pouco mais infeliz e inapropriado para os padrões deles!
   Isso não significa que as gerações novas possam fazer tudo que desejam e não significa que não devamos educá-los e enquanto sociedade, nos preocupar em transferir a eles os melhores valores e princípios que temos. Ao contrário, só aumenta a nossa responsabilidade, mas como educá-los e prepará-los para o futuro se os consideramos inadequados? Não seria a nossa mente, forma de ver e nossos métodos inadequados? O mundo é que está inadequado pras novas gerações e não eles!
   Que venham mais das novas gerações e façam o seu serviço, cumpram o seu propósito existencial que é a MUDANÇA e derrubar a MANUTENÇÃO DO STATUS QUO.
   Todos os argumentos utilizados no infeliz texto da infelicidade justificam e respaldam um modelo que está corroído, está literalmente esboroando e tolo me parece quem não percebe e ainda se agarra aos velhos e inúteis padrões sociais para a época atual e futura. A questão não é a economia, não é só a relação empresa-colaborador, a questão não é a relação capital-trabalho, a questão é muito maior e essas pessoas são melhores sim (talvez não especiais, mas melhores, com certeza, sob o aspecto intelectual e moral), só discute o assunto no âmbito profissional quem só olha o mundinho "mercado" achando que o mundo se resume às leis de mercado, esquece de olhar as leis da Natureza e desenvolver uma visão sistêmica (pra não dizer holística)!
   Dia chegará em que certas práticas de certas empresas que hoje se consideram modernas para os padrões de nossa época será considerado quase uma semi-escravidão mental ou, no mínimo uma "dominação e manipulação antiética".
   Se não tivermos visão sistêmica, ficaremos perpetuando CONFLITOS ENTRE GERAÇÕES porque simplesmente não conseguimos conviver nem pensar como as gerações que nos sucedem pensam!
   Com base exatamente no quê, podemos afirmar que toda uma geração é mais ou menos infeliz? Quem somos nós pra dizer que a geração anterior à nossa é mais infeliz? Nós que já fizemos 2 Guerras Mundiais, comprometemos a sobrevivência do Planeta através do esgotamento de seus recursos naturais e temos como doença crônica mundial a Depressão, fabricamos novas doenças todos os dias para vender “empurroterapia química” e industrializamos o parto natural dizendo a hora que um bebê deve nascer?
   Com que autoridade moral podemos chamar alguém de infeliz? Nós que reforçamos a cada dia a infelicidade só porque é diferente de nós? Quando digo que eles são infelizes não estarei dizendo implicitamente então que minha geração sim é a certa e a feliz e é a esse modelo que devem os Y seguir? Infeliz foram alguns dos nossos atos, decisões, pensamentos e textos e daqueles que nos precederam! Mas podemos sempre reverter isso e é isso que deixaremos para a geração Y se não mudarmos. E ainda acreditamos que eles têm de fazer o que fazemos, seguir os mesmos caminhos, os mesmos modelos, a mesma carreirinha bitolada, medíocre e sem perspectivas jurando fidelidade e lealdade eterna ao empregador, aceitar goela abaixo um conjunto de regras que nossa geração supostamente "feliz" impõe mas sequer vivencia na prática como líderes do "vazio" e donos de "castelos de areia" porque não fomos e ainda não estamos sendo capazes de exemplificar moralmente!
   Por favor, um pouco de bom senso e menos sensacionalismo ok?!

COLÔNIAS ESPIRITUAIS NO BRASIL




Falaremos hoje sobre as colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mas, antes de falar sobre elas, nós iremos explicar um pouco sobre o que é uma colônia espiritual.

Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. Lá, os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.

Vamos citar nessa postagem algumas colônias espirituais situadas sobre o Brasil e citaremos sua localidade e sua função como colônia espiritual. Vamos a elas:

Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados no perispírito, além de proceder com atendimentos fluídicos concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.

Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia. Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de misericórdia e é uma das mais antigas Colônias em terras brasileiras.

Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. Sendo uma grande referência no mundo espiritual, esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.

Colônia Arco-Íris: Esta Comunidade Espiritual é localizada na região norte do Brasil, indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e conhecidos como “filhos do arco-íris”.

Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá. Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente. No Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de crianças.

Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná, tendo um formato de losango. Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.

Colônia Padre Chico: Situada no Triangulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas. É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.

Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.

Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos.

Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, sua especialidade é receber os desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no perispírito.

Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da Bahia. Esta Colônia coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.

Colônia das Flores: Sendo uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte central de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam essa impressão no perispírito.

Colônia Gramado: Sobre o Rio Grande do Sul, possui vários núcleos de atendimento socorrista. Entre elas, destacam-se as colônias “Das Orquídeas”, “Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela D’alva”, todas recebem o nome de Colônia Gramado. Específica em trabalhos de técnicas de estudo relacionados à coluna vertebral, coordenação motora das pernas e dos pés.

Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.

Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.

Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, esta Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.

Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.

Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no perispírito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.

Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.

Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, essa comunidade tem o formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro e o Mar Cáspio). A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a autodescoberta, como essência divina.

Além dessas, temos outras como:
Nosso Lar
Colônia Socorrista Moradia
Colônia Campo da Paz
Casa Transitória de Fabiano
Colônia Redenção
Colônia da Música
Colônia Espiritual de Eurípedes Barsanulfo
Colônia Alvorada Nova
Colônia Casa do Escritor
Colônia Triângulo, Rosa e Cruz
Sanatório Esperança
Moradias
Colônia Porto da Paz
Instituto de Confraternização
Espírito Meimei
Colônia A Cruzada
Colônia Gordemônio

Espero que tenham gostado dessa postagem, para entenderem melhor o que é uma colônia espiritual, recomendamos que assistam ao filme 'Nosso Lar', ou, se preferirem, leiam o livro 'Nosso Lar', ambos são excelentes. Fiquem com Deus!

Por: Leon e Ana Clara

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=348830961904016&set=a.302451046542008.75095.234353966685050&type=1&theater

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